Ali, naquele bar...
Torcedor que é torcedor já nasce xingando Foi a última vez em que assisti o jogo do meu Vitória naquele boteco de beira de pista. Nada contra botecos, é claro. Sou dos que preferem uma branquinha em cacete armado e de sandália havaiana, a um uísque em restaurante esmerado, com uma gravata a me achacar a goela. O problema, sim, era com aquele boteco, especificamente. Aquele antro da desorganização, cujas grades enjaulam torcedores de toda raça com animais: flamenguistas filhotes da Rede Globo, vascaínos, palmeirenses, corintianos, rubros, tricolores, rubro-negros, azulinos e alvi-verdes de quase toda ordem, engaiolados e confinados para comer carne de quinta no espeto e acompanhar, em um barulho ensurdecedor e na longa espera pela cerveja, a partida do seu time do coração. Digo torcedores de quase toda ordem com a propriedade de quem não se afeiçoa ao show dos ‘paraíbas’ que cantam, gritam, xingam, riem e choram pelos times do Sul e Sudeste. Vou ser mais claro: faltam ali, naquele bar,...