Postagens

Mostrando postagens de março, 2010

Raça, nem que seja por uma tubaína

Imagem
Retornar a Alagoinhas é reviver a fase mais feliz da minha vida. É rever grandes amigos, relembrar histórias homéricas de traquinagem da infância e, porque não, rememorar os grandes clássicos no chão batido da rua Parque São José, bairro Silva Jardim. Jogos acirrados valendo tubaínas. Poucos eram os verdadeiramente bons de bola. Tínhamos atacantes como Lê e Caatinga, que raramente faziam gol, não faziam o pivô, não atraíam a marcação, não tinham visão de jogo e viviam a mercê da vontade da pelota. Depois de passar por eles, o destino da gorduchinha era sempre incerto. Na defesa, Sivaldo e Anderson formavam a dupla dos antizagueiros. Baixos e magricelas ao extremo, não assustavam os atacantes adversários. Sivaldo, mais raçudo, até ganhava algumas divididas, isso porque era duro feito uma pedra. O problema é que, para ele, fazer uma curva era um enorme sacrifício. Daí que nossa melhor defesa sempre foi o ataque - pelo menos quando Lê e Caatinga não estavam em campo. A velocidade d

No epicentro da dor, a lição de solidariedade

Imagem
Enfermeiro sergipano relata a experiência de quem conviveu com o Haiti devastado pelo terremoto Dênison (centro) e colegas salvam criança da amputação Mais de duzentos mil mortos, trezentos mil feridos, quatro mil amputados, um milhão de desabrigados. Em 12 de janeiro de 2010, um terremoto de magnitude 7 na escala Richter devastou o Haiti, país mais pobre das Américas. E por mais que o tempo passe, o cenário de destruição permanece – e permanecerá para sempre – nos escombros da memória de quem viveu o epicentro da dor, da agonia, do desespero. “O que mais doía era ver as crianças amputadas. Bebês de 1, 2 anos, sem os membros inferiores, sem família. Quando não morrem, saem do hospital e são jogados em um orfanato, isso se houver vaga. Numa situação dessa você não tem nem o que pensar”, diz o enfermeiro sergipano Dênison Pereira, professor do curso de Enfermagem da Universidade Tiradentes e único nordestino entre os 16 profissionais de saúde convocados pela Associação Médica Brasi

Entre radares e ladrões

Imagem
A imagem acima é apenas uma boa piada, mas eu tenho uma posição muito clara quanto à colocação de radares no trânsito de Aracaju: recebe multa quem quer, é irresponsável, não se preocupa em ler as placas de sinalização. É fotografado e obrigado a depositar uma boa grana nos cofres públicos quem abusa da imprudência e do desleixo. Quando da instalação dos primeiros radares na capital eu, então editor de Veículos do Jornal Cinform, fui um dos únicos da imprensa sergipana a apoiar a atitude da Prefeitura, contradizendo até a opinião dos meus colegas jornalistas. Em um dos editoriais, fiz duras críticas a quem colocava a politicagem barata acima da cidadania e exibia no veículo adesivos como "Visite Aracaju e ganhe uma multa". Muitas vezes eram pais que faziam questão de dar aos filhos o "belo" exemplo de desrespeito às leis de trânsito. Agora uma coisa também é certa, viu: a Smtt tem exagerado na colocação de radares, sobretudo na região da 13 de Julho e Beira Mar.

“Cyber repórter” em 45 horas ou menos!

Imagem
Tem gente prometendo formar trabalhadores de imprensa em 45 horas ou menos! Duvida? Acesse o site do “ Cursos 24 Horas ” e tire suas conclusões. Dentre inúmeras opções de cursos, o bendito oferece o de jornalismo on-line e não só garante que você vai se tornar um “cyber repórter de sucesso”, como irá “perder o medo da tecnologia” e “ganhar dinheiro no ramo” – diga-se de passagem, essa estória de ganhar dinheiro no jornalismo não há universidade no mundo que ensine. O anúncio é pomposo: “velocidade, tempo-real, hipertexto, interatividade, convergência de mídias (...) essas são as principais características do jornalismo na internet que você vai conhecer e dominar (...) vai também saber que é possível compatibilizá-las com a redação de um bom texto, correto, atraente, para conquistar a atenção do leitor”. Ao final da propaganda, um banner anuncia o valor do “investimento” do “cyber aluno”. R$ 40 por 45 horas de aulas, podendo o estudante concluir o curso em mais ou menos tempo, a depend