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Mostrando postagens de novembro, 2008

SUUUUUUCEEEEEEESSOOOOOOOOO

Que voz, que interpretação, que poesia... é ou não é o grande fenômeno da música brasileira nos últimos dez, vinte anos?

Catarina

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Eis que o poeta amador endoideceu Rabiscou no cobertor, ao léu, seu nome Eis que o profeta não previu, ouviu falar Desacreditou que tal amor endoidecia Catarina, bailarina, roda, roda, gira Faz galhofas do poeta, do profeta, Baila, rima, pára o tempo da canção Ensaia um novo passo E dança no compasso Sapatilha no palco da ilusão. Letra: Álvaro Müller e Djenal Gonçalves Música: Álvaro Müller

Por quem os sinos dobram?

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Em outubro, recebi no mínimo três mensagens idênticas e sob o mesmo título: “O e-mail do ano”. Imagens fortes, precedidas de citações como a que segue abaixo: “Se você acha que o seu salário é baixo, que tal ela?” Ao ver este tal “e-mail do ano” tantas vezes passado e repassado por gente, carne, osso e sentimentos como eu, a humanidade que ainda me pesa arde em repulsa, incinera-se em vergonha. Hipócritas! A criança que nos estende a mão neste “e-mail do ano” não é a mesma que nos abre a pequenina palma nas esquinas, nos semáforos das nossas vidas? Não é aquela mesma, olhos lânguidos e semblante roto, que balbucia nas janelas do nossos carros? Claro que é. Mas, para além do “e-mail do ano”, para aquém do monitor da vida real, todos passam despercebidos: a criança, os enfermos prostrados nas filas dos hospitais públicos, os sem-teto que se alastram nas calçadas, todos estes que fingimos desconectados do nosso mundo, mas que são essência da nossa essência. E agora eles finalmente vêm a p

A Ires dos meus olhos

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A Ires dos meus olhos não se escreve com um segundo i. Não é uma íris qualquer. É a minha Ires e por ela aprendi a enxergar o mundo. Todas as íris são coloridas, eu sei. Mas a minha é mais. Isso porque é a minha Ires, e por ela avisto, nos gestos humanos, as mais belas cores. Tem cheiro de aconchego, sabor de saudade. É alívio, chuva em solo rachado, água do São Francisco a entornar canções de lavadeira. Nina minha solidão. É ponto de partida, sombra de cajueiro, cantinho único do mundo meu, e só meu. Mãe, quando crescer posso ser o que eu quiser? Pode sim, filho. Até mesmo um mecânico? Você pode ser o que quiser, meu filho, contanto que seja honesto. Minha Ires é assim, a mais linda das íris. E me guia por onde quer que eu vá. E está comigo sempre, sempre, até mesmo quando não sei aonde ir.