Eu não mordo travesseiro!
Os mordedores de travesseiro que me perdoem, mas não sou homossexual. E não digo isso em tom pejorativo ou, muito menos, preconceituoso. Respeito os homens que têm desejos sexuais por outros homens e até admiro os assumidos, aqueles que, no quesito “coragem pra encarar a nossa sociedade hipócrita”, são infinitamente mais machos do que eu ou qualquer outro hetero que se preze. Talvez até disponham de um culhão a mais no saco, quem sabe? Não serei o cientista a fazer essa constatação.
Mas, apesar de não possuir trejeitos femininos – pelo menos, acredito que não – e de jamais ter me deparado com o desejo de sentir um barbudo fungando ao meu cangote e arranhando-me o pescoço com a barba mal feita, fui rotulado como sendo “do babado”, por um jornalista sergipano, amigo de uma outra colega de profissão. Detalhe: ele é homossexual e baseia o seu argumento no fato de eu andar com amigos homossexuais. Assim como ele.
Pensamento retrógrado o desse pobre rapaz... Numa época em que as mulheres já comprovaram sua força e conquistaram independência, inclusive, para manter relacionamentos amigáveis com os homens – sem aquela história de que uma relação fraternal entre sexos opostos é inviável, à exceção dos casos em que elas são feiosas, definitivamente incomestíveis –; numa época em que o movimento gay ganha a orla de Atalaia, arrastado por trios elétricos e com bandeiras em riste para exigir respeito e igualdade, eis que me surge um homossexual pra, num ato preconceituoso, descolorir o arco-íris da diversidade e da liberdade de opções.
Decerto, esse jovem jornalista jamais me enxergaria como amigo. Uma aproximação minha e poderia eu estar correndo sério risco de sofrer um assédio sexual... Mas ainda bem que nem todos os homossexuais pensam desse jeito. Se assim pensassem, estariam ainda mais enfronhados às malhas do preconceito.
Tenho amigos homossexuais sim, e os amo da mesma forma que amo os heterossexuais! E daí? São meus amigos e ponto final! Pessoas sensíveis, inteligentes, sensatas, acolhedoras e companheiras nas horas mais difíceis – aquelas em que muito “amigo” hetero de cachaça some do mapa!
Quer saber? Não creio que os verdadeiros valores humanos perpassem a opção sexual, e não abro mão de uma grande amizade com um homossexual inteligente por relacionamentos sociais interesseiros e vazios, pra não dizer burros. Mais vale um amigo homo inteligente no coração, do que 1.000 heteros idiotas e preconceituosos voando.
É uma pena que eu e o referido jornalista, que por razões éticas não vou revelar o nome, não possamos construir uma bela amizade. Ele não acredita na amizade homo-hetero. Quer dizer, hetero-homo, pela ordem das pessoas. Mas, também, não será pela atitude dele e de um bando de outros trogloditas que vêem com maus olhos a companhia de um homossexual – numa mesa de bar, numa casa de shows, numa barraca de praia, no shopping ou em qualquer outro lugar em que os amigos verdadeiros costumem se encontrar – que eu irei deixar de cultivar novos amigos, nem muito menos sairei por aí com um questionário em baixo do braço: “quer ser meu amigo? Então responde aqui, por favor. Você já deu o Zé de porco? O toba? O bufante? Se quiser minha amizade, marca com um “x” na opção “não” e assina por extenso!”. Sinceramente, isso seria ridículo. Tanto quanto o preconceito do meu colega de profissão.
Mas, apesar de não possuir trejeitos femininos – pelo menos, acredito que não – e de jamais ter me deparado com o desejo de sentir um barbudo fungando ao meu cangote e arranhando-me o pescoço com a barba mal feita, fui rotulado como sendo “do babado”, por um jornalista sergipano, amigo de uma outra colega de profissão. Detalhe: ele é homossexual e baseia o seu argumento no fato de eu andar com amigos homossexuais. Assim como ele.
Pensamento retrógrado o desse pobre rapaz... Numa época em que as mulheres já comprovaram sua força e conquistaram independência, inclusive, para manter relacionamentos amigáveis com os homens – sem aquela história de que uma relação fraternal entre sexos opostos é inviável, à exceção dos casos em que elas são feiosas, definitivamente incomestíveis –; numa época em que o movimento gay ganha a orla de Atalaia, arrastado por trios elétricos e com bandeiras em riste para exigir respeito e igualdade, eis que me surge um homossexual pra, num ato preconceituoso, descolorir o arco-íris da diversidade e da liberdade de opções.
Decerto, esse jovem jornalista jamais me enxergaria como amigo. Uma aproximação minha e poderia eu estar correndo sério risco de sofrer um assédio sexual... Mas ainda bem que nem todos os homossexuais pensam desse jeito. Se assim pensassem, estariam ainda mais enfronhados às malhas do preconceito.
Tenho amigos homossexuais sim, e os amo da mesma forma que amo os heterossexuais! E daí? São meus amigos e ponto final! Pessoas sensíveis, inteligentes, sensatas, acolhedoras e companheiras nas horas mais difíceis – aquelas em que muito “amigo” hetero de cachaça some do mapa!
Quer saber? Não creio que os verdadeiros valores humanos perpassem a opção sexual, e não abro mão de uma grande amizade com um homossexual inteligente por relacionamentos sociais interesseiros e vazios, pra não dizer burros. Mais vale um amigo homo inteligente no coração, do que 1.000 heteros idiotas e preconceituosos voando.
É uma pena que eu e o referido jornalista, que por razões éticas não vou revelar o nome, não possamos construir uma bela amizade. Ele não acredita na amizade homo-hetero. Quer dizer, hetero-homo, pela ordem das pessoas. Mas, também, não será pela atitude dele e de um bando de outros trogloditas que vêem com maus olhos a companhia de um homossexual – numa mesa de bar, numa casa de shows, numa barraca de praia, no shopping ou em qualquer outro lugar em que os amigos verdadeiros costumem se encontrar – que eu irei deixar de cultivar novos amigos, nem muito menos sairei por aí com um questionário em baixo do braço: “quer ser meu amigo? Então responde aqui, por favor. Você já deu o Zé de porco? O toba? O bufante? Se quiser minha amizade, marca com um “x” na opção “não” e assina por extenso!”. Sinceramente, isso seria ridículo. Tanto quanto o preconceito do meu colega de profissão.
Comentários
Mto grande!!! mass...
hehe
Bjuu te adoro...
bom texto meu rei!
gde abraço!
Abração e continue bridando os colegas com bons textos
Álvaro, o texto é magistral, e isso, a mim, não me surpreende, dada a sua autoria. O mote é sempre bem-vindo e fomenta a sacra diversidade. Tô sempre na sua platéia amigo.
Achei seu texto muito bom... Eu mudaria apenas aquelas expressões finais da pergunta no formulário... Colocaria: Você é homossexual?
No mais, está brilhante...
Valdeck Almeida de Jesus
Poeta, escritor, homossexual
www.jeanwyllys.com
Jah não criou terceiro sexo, tampouco aprova estes adeptos de sodoma e gomorra. Morte à esta escória da sociedade!!!
Jah Rastafari H.I.M. !
Homem come Mulher e Mulher dá pra Homem, essa é a ordem correta da vida, o resto é lixo...
Muda este tópico logo!
Sugiro depois da Copa (quando "nos desalienaremos") falarmos de política, pesquisas eleitorais, etc.