Exorcismo no Confiança
O primeiro passo para o Confiança reencontrar o caminho das conquistas em 2011 é exorcizar seu fantasma mais atormentador: a campanha de 2008. Esse discursozinho borra-botas do 'quase' é digno dos fracos. Deve ser sepultado, definitivamente esquecido. Não custa lembrar, as possibilidades de vitória existem para qualquer um que trabalhe com seriedade, coisa que o Dragão não fez na tal campanha, ainda hoje venerada por dirigentes e parte da torcida proletária.Tudo bem, a equipe de 2008 quase chegou à Serie B do Brasileirão. Ao final da Serie C, a diferença entre o Confiança e o quarto colocado, Duque de Caxias, era de um mísero ponto. Mas a frieza da estatística não exprime a forma humilhante como o Dragão do Bairro Industrial caiu em desgraça, desceu do céu ao inferno em tão poucos jogos.
Na fase decisiva da Serie C de 2008, o Confiança chegou até a liderar, mas desmereceu o apoio maciço da torcida proletária; priorizou a indisciplina, as panelinhas; cavou a própria cova; pediu arrego em campo e enterrou-se nos pecados. Em 14 rodadas, disputou 42 pontos. Ganhou apenas 17. Depois de golear o Campinense por 4 a 0, se deu como classificado, pensou pequeno e desconsiderou a possibilidade do título nacional. Esmoreceu.
Jogadores mortos no gramado, com as mãos no joelho em claro sinal de fadiga - provável resultado de farras -, assistiram ao Atlético Goianiense empurrar vergonhosos seis a zero em pleno Batistão. Insatisfeito com tamanha tragédia, o Confiança ainda sofreu outras cinco derrotas. Tomou quatro do Rio Branco do Acre, cinco do Guarani, virou saco de pancada.
Agora eu pergunto: esta é a referência para quem deseja voltar a vencer no futebol? A história, recentíssima inclusive, indica que não. O Confiança insistiu em alguns 'heróis' de 2008, disputou a Serie C de 2009 aspirando a 'gloriosa' campanha do 'vamos subir, Dragão' e foi parar na D. Não tomou vergonha, repetiu a dose em 2010 e acabou 'fora de serie', na escória do futebol brasileiro. Em suma, o espectro da 'Serie B que não aconteceu' rondou tanto o time proletário, que o clube caiu até onde não podia mais.
É por isso que este saudosismo masoquista de quem deu a cara à tapa e gostou, este pensamento pequeno, covarde de achar que um simples octogonal de Serie C é o limite precisam acabar. Se trabalhar com os pés no chão e paciência, subindo degrau a degrau, o Confiança pode, sim, alçar voos bem mais altos. Aliás, o Dragão já deu exemplos de sua força em outras épocas. Foi vice-campeão da Zona Nordeste da Taça Brasil em 1964; fez a melhor campanha de um clube sergipano em competições nacionais, em 1977, quando chegou a decidir a liderança do grupo contra o Flamengo, no Maracanã. Estas, sim, são páginas da história azulina que merecem ser enaltecidas. Quanto a 2008, não passa de um claro exemplo de como não fazer. Um fantasma que precisa ser exorcizado já!
Na fase decisiva da Serie C de 2008, o Confiança chegou até a liderar, mas desmereceu o apoio maciço da torcida proletária; priorizou a indisciplina, as panelinhas; cavou a própria cova; pediu arrego em campo e enterrou-se nos pecados. Em 14 rodadas, disputou 42 pontos. Ganhou apenas 17. Depois de golear o Campinense por 4 a 0, se deu como classificado, pensou pequeno e desconsiderou a possibilidade do título nacional. Esmoreceu.
Jogadores mortos no gramado, com as mãos no joelho em claro sinal de fadiga - provável resultado de farras -, assistiram ao Atlético Goianiense empurrar vergonhosos seis a zero em pleno Batistão. Insatisfeito com tamanha tragédia, o Confiança ainda sofreu outras cinco derrotas. Tomou quatro do Rio Branco do Acre, cinco do Guarani, virou saco de pancada.
Agora eu pergunto: esta é a referência para quem deseja voltar a vencer no futebol? A história, recentíssima inclusive, indica que não. O Confiança insistiu em alguns 'heróis' de 2008, disputou a Serie C de 2009 aspirando a 'gloriosa' campanha do 'vamos subir, Dragão' e foi parar na D. Não tomou vergonha, repetiu a dose em 2010 e acabou 'fora de serie', na escória do futebol brasileiro. Em suma, o espectro da 'Serie B que não aconteceu' rondou tanto o time proletário, que o clube caiu até onde não podia mais.
É por isso que este saudosismo masoquista de quem deu a cara à tapa e gostou, este pensamento pequeno, covarde de achar que um simples octogonal de Serie C é o limite precisam acabar. Se trabalhar com os pés no chão e paciência, subindo degrau a degrau, o Confiança pode, sim, alçar voos bem mais altos. Aliás, o Dragão já deu exemplos de sua força em outras épocas. Foi vice-campeão da Zona Nordeste da Taça Brasil em 1964; fez a melhor campanha de um clube sergipano em competições nacionais, em 1977, quando chegou a decidir a liderança do grupo contra o Flamengo, no Maracanã. Estas, sim, são páginas da história azulina que merecem ser enaltecidas. Quanto a 2008, não passa de um claro exemplo de como não fazer. Um fantasma que precisa ser exorcizado já!
Comentários