Escrete copo de ouro
Raimundo Macedo: o Pelé (Foto: Marco Viera/ASN) Se o exame antidoping fosse substituído pelo teste do bafômetro, a coisa ficaria feia para alguns times sergipanos. Aliás, feia não: sinistra! Por aqui há clubes tão empesteados de cachaça que, vez por outra, a depender da direção dos ventos do futebol, o álcool exala pelos corredores da concentração e deixa equipes tão grogues, mas tão grogues, que uma boa campanha pode acabar em vexame numa fração de duas ou três rodadas. A nhaca, dizem, mistura tudo: cerveja, vodka barata, vinho festeiro ou catuaba – que derruba um time em campo, mas pelo menos tem poder afrodisíaco – aguardente, conhaque, milome, licor e otras cocitas mas. Forte que é danada, resiste ao tempo e não tem sabão em pó, perfume, creolina, Q-boa que dê jeito. É o bendito ranço do futebol boêmio, amadorismo condenado fora de Sergipe, onde o esporte rende milhões, mas que do lado de cá, das migalhas, continua venerado, atraindo técnicos e atletas tão bons de copo, mas nem...