Raça, nem que seja por uma tubaína
Retornar a Alagoinhas é reviver a fase mais feliz da minha vida. É rever grandes amigos, relembrar histórias homéricas de traquinagem da infância e, porque não, rememorar os grandes clássicos no chão batido da rua Parque São José, bairro Silva Jardim. Jogos acirrados valendo tubaínas. Poucos eram os verdadeiramente bons de bola. Tínhamos atacantes como Lê e Caatinga, que raramente faziam gol, não faziam o pivô, não atraíam a marcação, não tinham visão de jogo e viviam a mercê da vontade da pelota. Depois de passar por eles, o destino da gorduchinha era sempre incerto. Na defesa, Sivaldo e Anderson formavam a dupla dos antizagueiros. Baixos e magricelas ao extremo, não assustavam os atacantes adversários. Sivaldo, mais raçudo, até ganhava algumas divididas, isso porque era duro feito uma pedra. O problema é que, para ele, fazer uma curva era um enorme sacrifício. Daí que nossa melhor defesa sempre foi o ataque - pelo menos quando Lê e Caatinga não estavam em campo. A velocidade d...