Gordinho enlatado? NEM MORTO!
Está cada dia mais difícil ser gordo nesta ----- de mundo estereotipado. Como se já não bastassem as espremedoras roletas de ônibus e terminais, as poltronas apertadas, os preços abusivos dos produtos dietéticos – artifícios para os fofinhos inconformados que precisam sair da crise existencial –, agora somos obrigados a andar pelas ruas com roupas apertadinhas, parecendo sardinhas na lata. Assim, não tem obeso que agüente, caramba! Nós, os gordinhos, somos heróis natos. Mesmo antes de darmos os primeiros passos ou falarmos as primeiras palavras, já aprendemos a enfrentar as agruras proporcionadas pelos quilinhos a mais.. entre elas, as piadinhas e os apelidos que, acreditem, nos perseguem por toda a vida. De “bochechudinhos” nos primeiros cinco, seis anos de existência, passamos a ser tachados como rolhas de poço; baleias; elefantes; hipopótamos, free willys; cocôs de dinossauro; bujões de gás; modelos da Butano... e, ainda assim, conseguimos – entre lágrimas escondidas e sorrisos amar...