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Mostrando postagens de julho, 2011

O doce gosto da amarga crítica

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Fazer uma boa crítica não é para qualquer um. O crítico por excelência tem de ser um exímio alquimista das palavras, capaz de dosar, com precisão cirúrgica, a cor e o cheiro, a essência e peso que toda palavra tem. A boa crítica não pode ser apenas persistente - precisa ser infalível, por mais que, nela, os escritos ganhem sabores muitas vezes indigestos ao gosto de quem a carapuça se acomode melhor. Alguém sempre sairá ferido, pelo menos, no ego. E no universo do futebol brasileiro não é diferente. Uma análise crítica bem fundamentada, obrigatoriamente provoca azedume ao paladar da cartolagem e adoça a boca e a alma do torcedor que, mesmo maltratado durante décadas de mandos, desmandos e incompetência, ainda sonha em ver a valorização do seu clube e, claro, do esporte. É justamente por este torcedor sofrido que o crítico tem a obrigação de desembainhar as palavras que forem necessárias. Nobres, quando para enaltecer o labor; chulas, quando para desmascarar ações igualmente chulas,